A Genealogia – Como Funciona?
- Info Test ADN
- 7 de abr.
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Tenho quase certeza de que você já viu pessoas abrindo os resultados e ficando totalmente pasmas, completamente chocadas. Enfim, pensei que também faria um teste para tentar explicar como funciona. Porque, convenhamos, é realmente muito misterioso — como é possível que essas empresas consigam nos oferecer a descoberta das nossas origens étnicas com base em percentuais e regiões geográficas?

Como fazer o teste de origens?
É um teste que você faz sozinho com caixinhas, cotonetes, um saquinho plástico totalmente lacrado — basicamente esfregando o interior da bochecha para coletar células que contêm seu DNA.
Então, depois de coletar a amostra, você coloca o cotonete dentro de um tubinho, embala tudo no envelope plástico, coloca dentro de outro envelope de papel e envia para o laboratório.
Mas como eles fazem as análises?
É isso que mais me interessa, porque não acho que tenho realmente todas as ferramentas para entender completamente como funciona — e principalmente, como interpretar corretamente os resultados, porque isso é o mais importante. Acho que muitas pessoas não compreendem todas as sutilezas que podem ser extraídas.
Recebi os resultados de um teste de DNA com conclusões que me pareceram bastante surpreendentes... As informações estão ligadas a regiões geográficas, principalmente na Europa, mas absolutamente nada na França. Quando dou meu DNA a uma empresa que faz uma análise genética bem precisa, eu penso: “vou ter 75% de França” e talvez algumas coisinhas ali e aqui — Espanha, Bélgica, porque geralmente é assim com os resultados de outras pessoas.
Mas no meu caso, o que aparece é 0% França. Então como isso funciona? Eles pegam seus dados de DNA e comparam com os de outros indivíduos. Mas, acima de tudo...
Eles formam grupos populacionais de referência.
Esses 42 grupos populacionais de referência são formados a partir de famílias em que os indivíduos atuais, seus pais e avós nasceram e viveram na mesma região geográfica.
Assim, ao longo de duas gerações, seu patrimônio biológico serve como base para definir o perfil genético da região.
De acordo com o laboratório, esses grupos estão distribuídos pelo mundo e, tecnicamente, o seu percentual nos resultados representa o grau de similaridade em relação aos grupos de referência. Isso quer dizer que, segundo esse laboratório, meu DNA se assemelha mais ao de famílias do Reino Unido do que ao de famílias francesas.
O interessante é que há um projeto de pesquisa dedicado a aprimorar as descobertas sobre o DNA. Participar do teste de origem também ajuda os cientistas a aperfeiçoar suas estimativas.
É bastante provável que os resultados evoluam com o tempo.
Os dados brutos
Você pode baixar todos os dados do seu DNA. O arquivo de dados genéticos contém os dados brutos produzidos pelo laboratório a partir da sua amostra. Os cientistas analisaram 700 mil pontos do seu DNA dentro de um genoma completo que contém cerca de 3 bilhões de pares de bases. Então, 700 mil locais do seu DNA foram sequenciados.
Não é necessário sequenciar todo o DNA, porque, entre os 3 bilhões de letras que formam a sua informação genética nos 23 cromossomos, muitas são idênticas entre todos os humanos. O que interessa aos laboratórios são as diferenças entre os indivíduos — e, mais ainda, as semelhanças entre as populações.
É por isso que eles usam os chamados marcadores genéticos — porque são comparáveis.
O procedimento científico
Durante a análise, o laboratório utiliza uma máquina para extrair o DNA das amostras. Nessa etapa inicial, as células são rompidas para permitir a extração do DNA. Depois, utilizam os chips de DNA, que são suportes contendo sequências específicas correspondentes aos marcadores genéticos que desejam identificar.
Em seguida, os fragmentos de DNA, que foram quebrados em pedaços, se ligam naturalmente às sequências nos chips de DNA que correspondem aos marcadores. Isso é possível com milhões de fragmentos que permitem uma “hibridização” — ou seja, uma ligação complementar entre duas fitas de DNA.
Um laser revela então todos os pontos em que o seu DNA se “encaixou” com o DNA de referência. O que importa é que os resultados fornecem apenas uma estimativa da sua origem, com base nas semelhanças com as amostras já registradas.
É assim que, hoje em dia, é possível conhecer a origem da sua família.