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Declaração de nascimento ou reconhecimento de uma criança?

É importante compreender a diferença entre declarar o nascimento de uma criança e reconhecê-la como tal.


A declaração de nascimento é um procedimento obrigatório que todos os pais devem cumprir para que a criança obtenha a certidão de nascimento. Essa etapa vital garante que a existência da criança seja oficialmente reconhecida e documentada, o que pode ter implicações importantes para seu futuro.


Uma vez registrada, a criança recebe um registro de nascimento, que é um documento oficial confirmando sua identidade e data de nascimento. A certidão de nascimento pode ser usada como prova de identidade ao solicitar passaporte, carteira de motorista e outros documentos importantes. Também é uma prova essencial para estabelecer o pedido de cidadania de uma pessoa.



A declaração de nascimento de uma criança é obrigatória sob pena de sanção penal. Ela deve ser feita nos 5 dias após o nascimento por qualquer pessoa que tenha presenciado o parto (como o pai, por exemplo). A declaração pode ser feita na prefeitura do local de nascimento da criança.


Como funciona o reconhecimento de uma criança?


O reconhecimento de uma criança é um procedimento voluntário que permite aos pais registrar oficialmente seu filho em qualquer prefeitura. Enquanto a declaração de nascimento é necessária para obter a certidão, o reconhecimento não é obrigatório para obter a cidadania. Na verdade, os pais podem reconhecer a criança a qualquer momento da vida.



Para casais de mulheres:


O reconhecimento conjunto de uma criança por um casal de mulheres pode ser feito presencialmente no momento da assinatura do consentimento para a doação de esperma. A mãe biológica e a segunda mãe devem entregar o reconhecimento conjunto ao oficial do registro civil no momento da declaração de nascimento, feita por uma das seguintes pessoas: mãe biológica, segunda mãe ou pessoa encarregada de declarar o nascimento.


Esse procedimento garante que ambas as mães tenham os mesmos direitos e responsabilidades em relação à criança. Ele também permite que ambas sejam inscritas na certidão de nascimento. Em alguns casos, o pai pode ser incluído na certidão se apresentar uma declaração notarial aceitando o reconhecimento conjunto.


Em suma, o reconhecimento conjunto traz muitos benefícios para a mãe e a criança, fortalecendo os laços familiares, oferecendo proteção jurídica e garantindo que ambas as mães sejam responsáveis pelo bem-estar do filho.


Parto anônimo (“parto sob X”):


Um parto anônimo é uma não-reconhecimento da criança por parte da mãe no momento do nascimento. A gravidez é um evento marcante e compreende-se que algumas mulheres não tenham certeza sobre sua capacidade de criar um filho. Nesses casos, é possível dar à luz de forma anônima, seja em um estabelecimento público ou privado.


Para isso, a mãe apenas precisa informar a equipe médica sobre sua decisão, e a criança será confiada à agência de proteção à infância. No entanto, é importante notar que a mãe pode mudar de ideia dentro de dois meses e recuperar seu filho, caso deseje. Em última análise, o parto anônimo é uma decisão pessoal que deve ser tomada considerando o que é melhor para a mãe e o bebê.


Reconhecimento de uma criança (casal não casado):


A filiação de uma criança nascida de pais não casados nem sempre é automática. Na maioria dos casos, se o nome da mãe aparece na certidão de nascimento, a filiação materna está estabelecida. No entanto, para que o pai seja legalmente reconhecido como responsável, ele deve realizar um procedimento de reconhecimento da criança.


Isso pode ser feito por meio de uma simples declaração às autoridades ou, em alguns casos, pela assinatura da certidão de nascimento. Uma vez que a filiação esteja estabelecida, a criança tem o direito de herdar dos dois pais e de receber pensão alimentícia de ambos. Além disso, a relação jurídica com os dois pais será reconhecida, o que é importante para questões como guarda e direito de visita.


O que fazer em caso de falecimento do pai antes do nascimento?


Embora a morte de um pai seja sempre uma tragédia, pode ser ainda mais difícil quando ocorre antes do nascimento da criança. Nesses casos, ainda é possível estabelecer um vínculo de filiação entre o pai e a criança. Se a criança foi concebida durante o casamento, o marido da mãe é presumido como pai.


Isso é conhecido como presunção de paternidade. Se o casal não era casado, é necessário ir a um cartório para elaborar um ato de notoriedade. Esse documento permitirá estabelecer o direito da criança à herança do pai. Embora nada substitua um pai amoroso, tomar essas providências pode garantir que a criança receba sua herança legítima.



Quais são as consequências de reconhecer uma criança tardiamente?


A autoridade parental é o direito legal e a responsabilidade de tomar decisões por uma criança. Isso inclui decisões sobre educação, saúde e bem-estar. Quando os pais não são casados, o pai que reconhece a criança após ela completar um ano de idade não obtém automaticamente a autoridade parental.

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