top of page
Logo Infotestadn.com

Doação de órgãos e Teste de DNA


orgaos

A doação de órgãos é o processo pelo qual uma pessoa doa uma parte do seu corpo a outra que necessita de um transplante, devido a um problema nesse órgão.

As doenças crônicas estão entre as razões mais comuns para transplantes de órgãos, sendo o rim o mais solicitado e também o mais difícil de compatibilizar. É possível doar um órgão ou tecidos tanto em vida quanto após a morte.


Cada indivíduo é presumido doador após a morte, exceto se houver recusa expressa em vida. Também é possível realizar esse ato de generosidade em benefício de um familiar ou de alguém com quem o doador mantenha um vínculo afetivo “estreito e estável” há pelo menos dois anos.


É necessário fazer um teste de DNA antes de doar um órgão?


O doador pode ser um familiar ou até mesmo um estranho. Não há restrições quanto à idade ou ao sexo, mas o mais importante é que exista compatibilidade biológica entre doador e receptor. A compatibilidade é testada antes da doação para avaliar o risco de rejeição. Quanto maior a compatibilidade, menores as chances de rejeição.


Membros da família têm maior chance de serem compatíveis devido à semelhança genética. Testes de DNA podem ser realizados para confirmar o parentesco e verificar o nível de compatibilidade. No entanto, ainda são necessários testes específicos para medir essa semelhança, pois mesmo entre parentes, os genes humanos podem variar de forma imprevisível.


Assim, diversas análises sanguíneas são realizadas para avaliar a compatibilidade:

Tipagem sanguínea: avalia a compatibilidade entre os tipos sanguíneos do doador e do receptor.

Tipagem HLA (antígenos leucocitários humanos): compara os antígenos para verificar se são semelhantes, o que reduz a chance de rejeição.

Crossmatch (prova cruzada): mistura-se amostras de sangue do doador e do receptor para observar se há reação entre as células.


Casos excepcionais como os de gêmeos idênticos podem apresentar compatibilidade perfeita, pois compartilham 100% do DNA. Um teste de gemelaridade pode ser usado para verificar se são realmente idênticos.


O DNA muda após um transplante de órgão?


O DNA pertence à pessoa que o carrega e o transmite, assim como seus órgãos e células. A modificação do DNA do receptor após um transplante é, em regra, impossível. Em geral, a transplantação é feita após a verificação de compatibilidade entre doador e receptor.

Todas as células do corpo continuam a reproduzir o DNA do receptor mesmo após a cirurgia, sem alterações causadas pelo novo órgão.


No entanto, há relatos de transferência de sintomas de alergias entre doador e receptor. Casos de alergias surgindo após transplantes já foram documentados, tanto em adultos quanto em crianças, especialmente após transplantes de medula óssea, fígado, rim, coração, pulmão e intestino.


Em algumas situações, é possível que o receptor já fosse alérgico, mas, devido à imunodeficiência, a alergia não se manifestava. O transplante pode “despertar” essa condição.

Há também casos raros em que o DNA do receptor no sangue é completamente substituído pelo do DNA do doador, sendo identificado em partes do corpo como bochechas, língua, lábios e sêmen.


Isso é chamado de quimerismo — quando um indivíduo carrega dois DNAs. Se o DNA do doador substituir o do receptor no sêmen, é importante considerar as implicações para a herança genética dos filhos.



É possível fazer um teste de DNA após um transplante de órgão?


Na maioria dos casos, durante um período de transição após uma transfusão de sangue, transplante de órgão ou medula, o perfil genético de ambos (doador e receptor) pode estar presente. A duração dessa transição depende da complexidade do procedimento.


Por isso, não é recomendado realizar testes de DNA com amostras de sangue logo após transfusão, transplante ou tratamento com células-tronco.


Alguns testes de DNA, como os pré-natais de paternidade ou para determinar o sexo do bebê, tornam-se inviáveis nesses casos — os laboratórios geralmente recusam tais amostras.

Ainda assim, pode ser útil realizar testes de DNA após uma transfusão se houver suspeita de quimerismo. Nesse caso, recomenda-se utilizar diferentes tipos de amostras do corpo (saliva, sangue, unha, cabelo) e comparar os resultados.


Todos os testes de perfil genético analisam os mesmos marcadores (locus), e os relatórios devem ser idênticos. Se houver divergências entre as amostras, pode haver indício de presença de dois DNAs.




bottom of page